Vítória da Conquista aos dezessete de abril de dois mil e dez, Gameleira. Corrêmo o trecho, ribanceira a baixo, em rodopio, estrada de terra, caatinga, restinga era coisa encantada. O silêncio puro dali trazia nitidamente o que encorpava a música de Elomar.
Lua minguante, tava um filetizinho, uma nesguinha de luã, quando eu tatiei a porteira do mestre dos mais inusitados versos sacros, das loas fumegantes, das crônicas sertanezas mais apaixonantes, só a luz do vizinho de frente lumiava os dizêre - CASA - DOS - CARNEIROS. A furria daquele trovador tinha cheiro de estrume, ação de melpoejo pras vias aéreas. A charmosa bilheteria era o prelúdio de um terreiro bem pisado, preparado pro trupé da noite.
O lugar me lembrou A casa da Rabeca do Brasil, Olinda, onde celebramos a música num grande e genuíno quintal. No palco, canto esquerdo, Dércio Marques ganhou movimento e cor aos meus olhos. O concerto foi um chuleado de emoções, tudo fazia a água, aqui e acolá, escapuli dos olho, inda mais quando em uníssono dolente, ARRUMAÇÃO foi entoada verso a verso, sem vexame, pela malungada.
O Bode nos arrecebeu, na saleta reservada a arreunir os internautas elomarianos. E foi assim que fiquemo! Do cheiro de esterco, que a brisa as vezes trazia, até o silêncio daquele pedaço de oco, tudo foi íncrivel. Mas aquele carneiro assado... Avimaria cem vezes!!!
Cleide Lima
7 comentários:
Agradeço a visita à Quadrada, abraços!
Conheci o seu blog apenas e infelizmente só hoje. Como vê, perdi muito tempo. Ele é realmente muito bom. Parabéns. Paulo Horta/BH.
Agradeço a visita Paulo, salve a música!
Antance, estamu juntu!!! Abraços!!!
❤
Blog para poucos, pois muitos preferem o trivial. Continue com essa levada, a música boa é para todos,mas, poucos a acolhem. Um fraternal abraço, deste para este malungo.
onde baixa???
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