Entre os primeiros discos de Savall com o Hespèrion XX estão El Barroco Español (1978) e Llibre Vermell de Montserrat (1979), que resgatam a música antiga espanhola, além de Cansós de Trobairitz (1978), que revisita composições de mulheres “trovadoras” da Idade Média. Esses discos fazem parte de dez que o grupo lançou dentro coleção da gravadora EMI, Reflexe: stationen europäischer musik (“Reflexos: épocas da música europeia”). Editada nos anos 70 e começo dos 80, a coleção de mais de meia centena de discos teve a presença de nomes célebres da “música antiga”, como Hans-Martin Linde e Thomas Binkley. Os citados títulos do Hespèrion XX já trazem a parceria fecunda com a soprano Montserrat Figueras, falecida em 2012, que foi esposa de Savall e mãe de seus filhos. Estes, atualmente, são também parceiros do pai. Outros nomes de destaque durante toda a trajetória do Hespèrion XX são os alaudistas Hopkinson Smith e Rolf Lislevand, conceituados solistas do instrumento; o percussionista Pedro Estevan, que até hoje faz parte do grupo; e o maestro e organista Ton Koopman, que, entre as décadas de 90 e 2000, com a Orquestra e Coro Barroco de Amsterdan (The Amsterdam Baroque Orchestra & Choir) realizou a tarefa prodigiosa de registrar em discos o ciclo integral das cantatas de Johann Sebastian Bach (1685-1750).
Os discos e concertos mais recentes de Savall realizam um diálogo cada vez mais forte entre as diferentes culturas do planeta. Entre eles, Ludi Musici: o espírito da dança 1450-1650 (coletânea de registros feitos entre 1997 e 2006) e Jerusalém, a cidade das duas “pazes”: a paz celeste e a paz terrestre (2008). A sonoridade do Hespèrion XXI passa a ser ainda mais abrangente, incluindo instrumentos como o ud árabe (ancestral do alaúde europeu) e o santur persa (instrumento de cordas percutidas com dois martelinhos). Em consequência de seu trabalho, em 2008 Savall e Montserrat Figueras receberam da UNESCO o título de “Artistas pela Paz”.
Em setembro deste ano de 2014, o maestro estará visitando Recife e Olinda. No dia 5, vai ministrar pela manhã um masterclass no Conservatório Pernambucano de Música e, à noite, fará um concerto com Andrew Lawrence-King (harpa) e Enrike Solinís (tiorba), pela MIMO – Mostra Internacional de Música em Olinda (programação – clique aqui). O masterclass tem como título O diálogo das almas, e deve tratar justamente dessa troca entre as músicas do Oriente e do Ocidente. Quem sabe o diálogo musical pode ajudar a salvar o nosso mundo do preconceito e da violência entre os povos?
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Esta postagem está sendo publicada também em <lucasivuca.blogspot.com>. Agradeço a atenção dos amigos Dassanta e Violeiro do Sertão.
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Confira algumas gravações com direção de Jordi Savall:
1. Giraut de Bornell: Si·us quer conselh, bel' ami' alamanda
(do disco Cansós de Trobairitz,1978; cantam: Josep Benet e Montserrat Figueras)
(do disco Cansós de Trobairitz,1978; cantam: Josep Benet e Montserrat Figueras)
2. Llibre Vermell de Montserrat: Stella Splendens in monte
(do disco Llibre Vermell de Montserrat, 1979)
(do disco Llibre Vermell de Montserrat, 1979)
3. Llibre Vermell de Montserrat: Mariam Matrem Virginem (do concerto de 2013)
4. Monteverdi: L'Orfeo (ópera representada em 2002)
5. Jerusalén: a cidade das duas “pazes” (concerto de 2010)
Violeiro do Sertão diz: Abaixo segue o link (torrent) para download. O total do arquivo é de 63GB e nele encontra-se grande parte da obra do Jordi Savall, juntamente com as do Rolf Lislevand, Arianna Savall e Montserrat Figueras.
Download>>> Aqui
3 comentários:
Agradeço a postagem e também sugiro essa entrada abaixo:
Abraços a todos (:
magnet:?xt=urn:btih:03ecfc388a5c3c7466aecb93cacdb26ee9c0c744&dn=+ Savall
Violeiro do Sertão, revalida o link. Abraço!
O link está funcionando, você precisa ter o programa utorrent instalado para fazer o download dos arquivos.
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