O maestro e violonista João Omar é uma das provas inconstestáveis da diversidade musical da Bahia. Junto ao axé, arrocha, pagode e rock - mesmo que esse leque seja incomparável ao que ele faz - está a música erudita do conquistense, filho de Elomar Figueira Mello e primo de Xangai, também músicos baianos.
Sua formação musical teve influência direta em sua carreira: "Contribuiu bastante porque me habilitou de conhecimento sobre instrumento, sobre a música feita no mundo. Posso ajudar meu pai na partitura de óperas, na execução de alguns trabalhos... já gravei trabalhos meus para orquestra. A capacitação é bem importante, o músico tem que ser versátil".
Para ele, a música é das artes mais sublimes: "Ela tem funções que são muito importantes para a vida da gente. Quando uma pessoa está adoentada, por exemplo, um índio sabe qual canção cantar pra ela. E na cidade lhe garanto que ninguém sabe a canção de cura. Parece que retira a música de seu contexto fenomenológico e tudo vai se transformando. De repente você está ouvindo MP3 e está satisfeito".
E para quem aborda em suas composições elementos da cultura musical do Nordeste brasileiro, é importante situar o lugar da música de instrumentos acústicos numa sociedade eletrônica.
"Eu, como músico, não posso achar que serei um item no cardápio do mundo. Senão tendemos a repetir a nós mesmos. (...) Não devemos entender a arte como produto, mas sim como projeto, mais amplo, que tem valores simbólicos mais dinâmicos, e não comerciais", reflete.
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Fonte: A Tarde
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[2007] Corda Bamba
[2015] Ao Sertano
3 comentários:
Camarada, não consigo baixar o disco. Após concluir todo o processo, ele não salva no computador. Sabe o que pode ter ocorrido? Grato
Obrigado
Boa noite.
Maravilhosa a interpretação de João Omar.
Notifico que há defeito nas faixas 10 e 13 do disco "Ao Sertano".
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